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quinta-feira, junho 22, 2006

A COR DOS MEDIA




O número 1 da revista “Comunicação & Cultura” – dedicado ao tema “A Cor dos Média” – foi lançado a 26 de Junho, na sala de Expansão Missionária da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.


Editada pela Quimera e por aquela faculdade, a revista será apresentada por Moisés de Lemos Martins, da Universidade do Minho, e Rui Marques, do ACIME, numa sessão presidida pelo Reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz.


O CINEMA PORTUGUÊS E OS SEUS PÚBLICOS




A partir de um inquérito, traçou-se a regularidade na ida ao cinema: 60,8% vê mais de um filme português por mês, embora 93,3% prefira um filme estrangeiro. Duvido daquela percentagem dos que vêem cinema português – é que a produção anda à volta de 12 filmes anuais e o tempo de permanência nos ecrãs é escasso.

Das razões apontadas para ver um filme português, cerca de 50% aponta o argumento, seguindo-se os actores e actrizes (28,7%) e a promoção do filme. Mas a satisfação sobre os filmes portugueses não é elevada, pelo ritmo lento da história ou narrativa. Respostas mais satisfatórias vêm da credibilidade das histórias, próximas da vida real, dos valores éticos, morais e culturais e de elementos técnicos como guarda-roupa das personagens, caracterização (maquilhagem, penteados, adereços) e escolha do elenco.

O livro seguiu duas metodologias: 1) inquérito a espectadores, junto à bilheteira e por telefone e internet, e 2) grupos de discussão. Para se entrar nestes últimos, a condição era não se gostar de cinema português. Opção aparentemente bizarra, ela tem cabimento se considerarmos que, apesar de 60,8% dos cinéfilos irem ver filmes portugueses, muitos fazem críticas sérias ao cinema nacional. Razões? Vai-se ao cinema como actividade lúdica, de distracção e identificação com os temas dos filmes escolhidos. Ao contrário, o cinema português dá-nos temas tristes (prostituição, racismo, droga, pobreza) e tem pouca dinâmica (depressivos e monótonos).

Se quisermos, podemos ver as coisas sob outro ângulo. Como escreve Paulo Viveiros na introdução: “não há uma indústria de cinema em Portugal, não há géneros cinematográficos que estabeleçam uma identificação do público com temáticas e actores. […] todos clamam nostalgicamente pelas comédias dos anos 30 e 40 do Estado Novo (António Silva, Vasco Santana, Ribeirinho, Beatriz Costa, Santos Carvalho), porque foi o único momento em que o cinema português gerou uma empatia com o público luso. E porquê? Justamente porque eram histórias banais com as «graçolas» («chapéus há muitos, seu palerma», «Ó Evaristo! Tens cá disto?») que incluíam um par romântico, que faz parte de qualquer género, sem qualquer pretensão intelectual” (pág. 18).

Ora, muita da actual produção cinematográfica nacional hoje é a de realizador-autor (43%). Uma sugestão feita no livro respeita ao making of, relevando o papel do produtor como indicando tema e realizador. Uma outra sugestão foi a criação de novos públicos. Aqui, fico igualmente com dúvidas. Dos inquiridos, 46,5% têm licenciatura, seguindo-se 33,6% com o 12º ano. Os estudantes representam a maior fatia de respondentes (47,4%). Em termos de idade, 51,1% têm entre 15 e 24 anos.

Criar novos públicos seria recuperar públicos, nomeadamente os acima dos 24 anos. Os estudos de consumo de cultura indicam que, a partir de um certo nível etário, baixa o número de espectadores. Explicações? Emprego, constituição de família e nascimento de filhos, redução do tempo de lazer.

Acresce-se a isto uma diminuição do número de espectadores ao longo dos anos mais recentes: o DVD faz concorrência, além de ser caro ir ao cinema. Mas há tendências contraditórias: em Portugal, nos últimos dois anos, inauguraram-se 133 salas de cinema (mas fecharam 55 ecrãs). Ou seja: há mais 12800 cadeiras disponíveis, mas menos 3800 espectadores por dia (Diário de Notícias, 11 de Junho de 2006). Contas feitas, há no país 650 ecrãs de cinema, mas nenhum em 95 concelhos do país (em números redondos, quase um terço dos concelhos nacionais). Distritos como Évora e Vila Real não têm mais de oito salas, tantas quanto cada um dos onze centros comerciais de Lisboa e Porto.

As esperanças dos exibidores não passam, infelizmente, pelos filmes portugueses, mas pelos blockbusters que se avizinham, como Cars, o filme de animação da Pixar, lá para o começo de Julho. Espero voltar a falar do assunto.

DICA: INDUSTRIAS CULTURAIS


terça-feira, junho 06, 2006

A TV do futebol



Felisbela Lopes e Sara Pereira, duas investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, são as coordenadoras do livro "A TV do Futebol", que a Campo das Letras acaba de lançar no mercado.
Este trabalho tem dois aspectos que o singularizam: junta um vasto conjunto de académicos e profissionais (entre estes últimos estão os editores de desporto dos três canais televisivos generalistas e o daquele que tem o exclusivo das transmissões) e, por outro lado, procura interrogar-se sobre o modo como, a partir do fenómeno do futebol, se pode desenvolver a educação para os media.


Fica aqui o Índice do livro:

Introdução
Quando a bola pára e pensa o futebol (Felisbela Lopes e Sara Pereira)
B.I. Mundial (Rui Cerqueira)

I Parte: O planeamento da cobertura do Mundial 2006 nos canais de TV


  • Sport TV: O canal com a exclusividade das transmissões televisivas em Portugal (Miguel Prates)
  • SIC: O espectáculo global do futebol (António Cancela)
  • RTP: "A cobertura do Mundial não é apenas uma sucessão de transmissões de jogos" (João Pedro Mendonça)
  • TVI: Um jogo desequilibrado à partida (Luís Sobral)

II Parte - Olhares dos jornalistas sobre o futebol e o jornalismo desportivo

  • Entre a paixão e o rigor (Carlos Daniel)
  • Futebol: a emoção, a razão e a especialização ( David Borges)
  • O espectáculo desportivo em televisão: "treinar" as emoções no "jogo" da informação (Manuel Fernandes Silva)
  • O canto solitário de um relato de futebol (Paulo Garcia)
  • O futebol da televisão: um produto ao serviço das audiências e da publicidade? (Luís Sobral)
  • O futebol não transforma um canal em líder de audiência (Miguel Prates)

III Parte: Perspectivas académicas sobre o futebol na TV

  • A informação desportiva emitida na TV dirige-se aos sentidos ou ao pensamento? (Felisbela Lopes)
  • O desporto da TV ou a TV do Desporto? (José Viseu)
  • Uma Economia do Olhar: notas para uma história do futebol na era da TV (José Neves)
  • O telepatriotismo durante o Euro 2004 ( Eduardo Cintra Torres)

IV Parte: O futebol e a educação para os media

  • Educar para os media a pretexto do Mundial de Futebol (Sara Pereira)
  • Aproveitar o Mundial para conhecer os\nmedia (Eduardo Jorge Madureira).

    FONTE: Jornalismo e Comunicação


"Ecrãs em Mudança", novo livro de J. Carlos Abrantes



A Feira do Livro, em Lisboa, é palco hoje, pelas 18.30, do lançamento do livro coordenado por José Carlos Abrantes "Ecrãs em Mudança", editado pela Livros Horizonte e pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ). O livro será apresentado por José Manuel Paquete de Oliveira, provedor do telespectador da RTP, Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE e do Centro de Investigação Media e Democracia (CIMED), e por Maria Emília Brederode Santos, directora da revista Noesis.
O livro "Ecrãs em mudança" reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela na RTP.
Refere a apresentação:
"A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas".
Os textos publicados na obra têm como autores Jacques Piette, da Universidade de Sherbrooke (Canadá), Dominique Pasquier, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Gonnet, da Université de Paris III, Eduardo Marçal Grilo, da Fundação Calouste Gulbenkian, Serge Tisseron, da Université de Paris VII, e de Geneviève Guicheney, da France Télévisions.

FONTE: Jornalismo e Comunicação


quarta-feira, maio 17, 2006

A Sociedade Optimizada pelos Media



Depois de "Ciberpunk — Ficção e Contemporaneidade", em que analisou a “New Wave”, o neo-romantismo, as raves, a música electrónica, a ficção científica e o graffiti, Elias publica agora "A Sociedade Optimizada pelos Media". Tendo começado pela crítica da cultura do computador, o autor prossegue com este novo projecto em que analisa os media contemporâneos. Trata-se de uma nova fórmula para compreender uma sociedade cada vez mais optimizada pelos ditames dos media, fenómeno apenas identificável pelo prisma da imagem “porno”, pela arquitectura e, sobretudo, pelas altas patentes do momento (tais como a alta fidelidade, a alta cultura, a alta definição, a alta resolução, a haute couture e a alta performance).

Para Herlander Elias, o cerne das transformações sociais não é a instantaneidade com que as imagens nos fascinam, mas sim a optimização, ou seja, a forma como estas se sintonizam connosco de um modo omnipresente, devido à globalização e às networks, como se fossem estudadas e programadas por designers para não deixarem margem para erro. Por isso, o high-tech já não é uma sofisticação elegante, agora a sofisticação está no casamento do design e da moda com os media, por forma a que objectos e figuras partilhem da mesma plasticidade óptima e contagiante.

Este livro é o seu próprio press release, o seu próprio glossário, a sua própria máquina, também ele um objecto optimizado, um instrumento para se compreender a paisagem optimizada dos media — nós, ou seja, o homem urbano, excitado, neurótico, sobre-estimulado, obcecado com os estilos de vida e com a informação-dinheiro do marketing.

A melhor forma de compreender o rumo social retratado é observar como o autor denuncia esse comportamento social estimulado pelo novo espaço público, pela “centro-comercialização”, pela moda, pelo entretenimento e pelas arestas perversas do design. Perante tamanha estimulação, Elias sugere que é preciso responder aos media com uma atitude igualmente sabotadora e “pop”. Urge tornar os meios de comunicação prisioneiros do seu próprio redil de informação, injectando conteúdos em estado óptimo nas suas ambiências, para que as figuras e cenários que nos tornam obcecados sejam correspondidos na mesma linha de violência e elegância estética.


As Relações Públicas na Responsabilidade Social das Empresas



"As Relações Públicas na Responsabilidade Social das Empresas", de Cláudia Vau, terceiro livro da Colecção Comunicando, resulta de um estudo desenvolvido pela autora a partir da sua tese de licenciatura e é um dos trabalhos mais actuais que, de leitura e consulta acessíveis, chega ao mercado português sobre a realidade portuguesa.

Construindo o seu estudo sobre bases teóricas rigorosas, Cláudia Vau ilustra-o com case studies que revelam o modo como as empresas podem utilizar, como ferramenta de comunicação e gestão, as relações públicas no que se refere à sua responsabilidade perante a sociedade, numa atitude inovadora e pioneira, em especial no âmbito do Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE).

Dessa forma, a autora transforma também este livro num guia para a acção que aponta, de forma compreensiva e com bons exemplos, o que as empresas devem fazer nesta área e como é que, utilizando a ferramenta de comunicação que são as relações públicas, o podem fazer.


 
   
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